(21) 2682-1379 Fale Conosco
[wpdreams_ajaxsearchlite]

Que a Academia se pinte de povo!

Por Pamela Machado

 

Segundo o censo de 2010, somos mais de 190 milhões de brasileiros, sendo 97 milhões negros ou pardos e quase 900 mil índios. Apesar de a população não- branca ser maior do que a caucasiana, é esta última quem mais preenche as vagas de ensino superior. Desde 2004, quando a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi pioneira na política de cotas, o ambiente universitário começou a enegrecer e se tornar um espaço mais popular. Oito anos depois, em 2012, a partir da Lei 12.711, todas as universidades federais passaram a oferecer 50% de suas vagas para estudantes oriundos de escolas públicas. A partir daí, mesmo com toda problemática que envolve a permanência dessas pessoas no ensino superior, a academia passou a ser pintada de povo. Mas e agora?

Foto: Rodrigo Beraldo / ANPG

Foto: Rodrigo Beraldo / ANPG

Antes de ser afastado do Ministério da Educação (MEC), em maio passado, Aloizio Mercadante encaminhou portaria que dá o prazo de 90 dias para a definição de política de cotas nos programas de pós- graduação. Em algumas instituições isso já é realidade. Na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), desde 2011 a população indígena tem um terço das vagas reservadas. Thereza Menezes, hoje professora do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/ UFRRJ), à época era coordenadora da pós em Antropologia da UFAM e foi uma das que encabeçou o processo de implementação das cotas por lá. Engana-se quem pensa que por ser um programa da área de humanas, foi fácil aprovar a ação afirmativa.

– Todo mundo acha que é mais fácil por estarmos falando de antropólogos, mas a verdade é que foi uma briga de foice. Todo mundo falava que ia baixar a qualidade do curso porque os alunos iam chegar sem saber escrever direito.

 

O programa contava com 15 vagas, mas sempre sobravam cinco, o que equivale a um terço do total das vagas. Essa foi a brecha que Thereza encontrou para convencer os colegas de que o curso deveria oferece-las à população indígena.

– Um certo segmento social só conseguiu ir pra universidade porque disputou as vagas que ninguém queria, as áreas de humanas. Esse pessoal acabou mudando a universidade porque tem um outra visão, uma visão que é menos meritocrática. Os indígenas eram os grandes objetos da nossa reflexão e a gente não tinha uma porta aberta para eles, pra gente dialogar de igual para igual.

 

Como professora da UFRRJ, Thereza e Leonilde Medeiros buscam implantar a política de cotas também no CPDA. 20% das vagas serão reservadas a candidatos autodeclarados negros ou índios.

Segundo Leonilde, o assunto está em pauta desde o ano passado. Porém, só agora está tomando forma e o próximo processo seletivo vai ser a primeira resposta ao trabalho da equipe.

Para conquistar a vaga, o aluno de ampla concorrência deve alcançar média 7,5 em todos os quesitos (prova, projeto e entrevista), já quem disputar as vagas por cotas, precisa garantir 5 na prova e no projeto e 7,5 na entrevista.


Mais Notícias

Docentes da UFRRJ mantém estado de greve e rejeitam indicativo de greve

Postado em 13/05/2024

Professoras e professores da UFRRJ, reunidos em Assembleia Geral Simultânea e Descentralizada da ADUR, aprovaram que o sindicato mantenha o leia mais


ADUR promove evento sobre Conferência Nacional de Educação 2024 no auditório Paulo Freire

Postado em 09/05/2024

Estudantes e docentes estiveram presentes no auditório Paulo Freire, na última quarta-feira, dia 8 de maio, para ouvir as professoras leia mais


Assessoria Jurídica da ADUR recomenda que docentes não cadastrem no SIGRH ocorrências/frequência do mês de abril

Postado em 09/05/2024

No dia 2 de maio a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) divulgou o memorando circular nº 227/2024, que orienta leia mais


Assembleia Geral Simultânea e Descentralizada da ADUR-RJ

Postado em 08/05/2024

🚨 Atenção, docentes! 📆 Dia 13 de maio, segunda-feira, acontecerá mais uma Assembleia Geral Simultânea e Descentralizada da ADUR. A leia mais


Ato Unificado da Educação do RJ

Postado em 08/05/2024

📢 Dia 9 de maio, próxima quinta-feira, acontecerá, a partir das 16h, um ato unificado da educação do RJ. A leia mais


Assessoria Jurídica da ADUR afirma: docentes do magistério federal estão dispensados do controle de ponto eletrônico

Postado em 07/05/2024

A ADUR foi surpreendida com a divulgação do memorando circular nº 227/2024 da PROGEP, que orienta os docentes e técnicos-administrativos leia mais


Sindicatos realizam live para analisar proposta de reajuste para a categoria docente federal

Postado em 06/05/2024

🛑 A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília, ADUnB, irá realizar na amanhã, dia 7 de maio, uma live leia mais


Professora Luciana Nóbrega participa de evento sobre 60 anos do golpe de 1964 representando a ADUR

Postado em 06/05/2024

Na última terça-feira, dia 30 de abril, aconteceu o I Seminário de História sobre “60 anos do golpe de 1964 leia mais


Solidariedade e apoio ao Rio Grande do Sul

Postado em 06/05/2024

06 de maio de 2024 Comunicação da ADUR Com imenso pesar, a ADUR expressa solidariedade a todos os afetados pelas leia mais


Conselho de Representantes aprova por unanimidade a contraproposta do ANDES e Sinasefe

Postado em 03/05/2024

Em reunião ampliada, realizada nesta quinta feira (2/5), o Conselho de Representantes da ADUR aprovou por unanimidade a contraproposta de leia mais


demais notícias